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Foto do escritorJuliana Brandão

Alienação Parental: Causas, Consequências e Soluções




O que é a alienação parental


A alienação parental é uma forma de abuso psicológico que ocorre quando um dos pais, ou outra figura de autoridade, manipula a criança ou o adolescente para que ele se afaste do outro pai ou figura parental. Isso pode ocorrer de várias maneiras, incluindo falar mal do outro pai na frente da criança, interferir nas visitas ou comunicações do outro pai com a criança, desencorajar a criança a passar tempo com o outro pai e outras ações que prejudicam a relação da criança com o outro pai.


A alienação parental é prejudicial para a criança, pois pode afetar sua capacidade de formar relacionamentos saudáveis no futuro e pode causar problemas emocionais e comportamentais a longo prazo.



Causas da alienação parental


As causas da alienação parental podem ser complexas e variadas. Geralmente, envolvem conflitos entre os pais, que podem ter-se desenvolvido antes ou após a separação. Algumas das causas comuns incluem:

  1. Ressentimento ou raiva: um dos pais pode sentir ressentimento em relação ao outro devido a eventos passados, como uma traição ou outro comportamento inadequado. Isso pode levar a sentimentos de raiva e vingança, que se manifestam através da alienação parental.

  2. Problemas de saúde mental: os pais com problemas de saúde mental, como transtornos de personalidade ou depressão, podem ser mais propensos a agir de forma prejudicial à criança ou adolescente.

  3. Desequilíbrio de poder: em alguns casos, um dos pais pode querer ter controle total sobre a criança ou adolescente e, portanto, tentar afastá-lo do outro pai ou figura parental.

  4. Medo de perda: um dos pais pode sentir medo de perder a criança ou adolescente para o outro pai, especialmente se ele acreditar que a outra parte é mais competente ou atraente como pai.

  5. Pressão social: os pais podem ser influenciados pela pressão social de amigos ou familiares que desaprovam o outro pai ou a figura parental.

  6. Problemas financeiros: a alienação parental pode ser causada por questões financeiras, como disputas por pensão de alimentos ou outras questões financeiras relacionadas à criança ou adolescente.


Como identificar a alienação parental



A identificação da alienação parental pode ser difícil, pois muitas vezes é sutil e gradual. No entanto, existem alguns sinais que podem indicar a presença da alienação parental. Alguns desses sinais incluem:

  1. Rejeição sem justificação: a criança ou adolescente começa a rejeitar um dos pais sem uma justificação clara e razoável.

  2. Falar mal do outro pai: a criança ou adolescente começa a falar mal do outro pai ou figura parental, usando palavras ou frases que são claramente influenciadas pelo outro pai ou figura parental.

  3. Comportamento hostil: a criança ou adolescente apresenta comportamento hostil em relação ao outro pai ou figura parental, muitas vezes sem motivo aparente.

  4. Isolamento: a criança ou adolescente é impedida ou desencorajada a passar tempo com o outro pai ou figura parental, muitas vezes através da interferência nas visitas ou comunicações.

  5. Criação de falsas memórias: a criança ou adolescente é levada a acreditar em falsas memórias ou histórias que não são verdadeiras sobre o outro pai ou figura parental.

  6. Manipulação emocional: a criança ou adolescente é manipulada emocionalmente para que se sinta mal ou culpada por querer passar tempo com o outro pai ou figura parental.

  7. Distorção da realidade: a criança ou adolescente é levada a acreditar numa versão distorcida da realidade, onde o outro pai ou figura parental é retratado como uma pessoa ruim ou negligente.

Se tu perceberes alguns desses sinais na relação d@ teu/tua filh@ com o outro pai ou figura parental, é importante buscar ajuda profissional para resolver a situação. A alienação parental é prejudicial para a criança e pode ter efeitos negativos a longo prazo em sua saúde emocional e relacionamentos futuros.


Como prevenir a alienação parental


A prevenção da alienação parental pode ser desafiante, mas existem algumas medidas que os pais podem tomar para reduzir o risco de alienação parental. Alguns desses passos incluem:

  1. Trabalhar num acordo parental: os pais devem trabalhar juntos para desenvolver um acordo parental claro e detalhado que estabeleça a responsabilidade dos pais e os direitos das visitas.

  2. Manter a comunicação aberta: os pais devem manter a comunicação aberta e respeitadora, discutindo questões importantes e evitando discutir na frente da criança ou adolescente.

  3. Evitar falar mal do outro pai: os pais devem evitar falar mal do outro pai ou figura parental na frente da criança ou adolescente.

  4. Respeitar os direitos do outro pai: os pais devem respeitar os direitos do outro pai ou figura parental e garantir que ele tenha acesso regular e adequado à criança ou adolescente.

  5. Encorajar o relacionamento com o outro pai: os pais devem encorajar o relacionamento da criança ou adolescente com o outro pai, permitindo que eles passem tempo juntos regularmente.

  6. Proteger a criança ou adolescente: os pais devem proteger a criança ou adolescente de conflitos ou disputas entre eles, evitando que a criança ou adolescente seja usada como um meio de vingança ou retaliação.

  7. Buscar ajuda profissional: se houver conflitos entre os pais ou se a criança ou adolescente estiver apresentando sinais de alienação parental, é importante procurar ajuda profissional de um terapeuta, psicólogo ou mediador.

É importante lembrar que a prevenção da alienação parental é responsabilidade de ambos os pais e requer esforços mútuos para garantir que a criança ou adolescente tenha um relacionamento saudável e equilibrado com ambos os pais.



Como lidar com a alienação parental


Lidar com a alienação parental pode ser difícil e doloroso, mas existem algumas estratégias que podem ajudar a resolver a situação. Alguns desses passos incluem:

  1. Procurar ajuda profissional: é importante procurar ajuda profissional de um terapeuta, psicólogo ou mediador que possa ajudar a resolver a situação e apoiar a criança ou adolescente.

  2. Manter a comunicação aberta: mantenha a comunicação aberta e respeitosa com a criança ou adolescente, mesmo que ela esteja sendo influenciada pelo outro pai ou figura parental.

  3. Evitar confrontos: evite confrontos ou brigas com o outro pai ou figura parental na frente da criança ou adolescente, pois isso pode agravar a situação.

  4. Documentar evidências: documente todas as evidências de alienação parental, incluindo mensagens de texto, e-mails, gravações de áudio e vídeo, além de registros de conversas e comportamentos da criança ou adolescente.

  5. Tomar medidas legais: se a alienação parental estiver interferindo significativamente no relacionamento com a criança ou adolescente, pode ser necessário tomar medidas legais, como entrar com um pedido de regulação de responsabilidades parentais.

  6. Ser paciente: resolver a alienação parental pode levar tempo e requer paciência e compromisso por parte dos pais.

  7. Fornecer suporte emocional: forneça suporte emocional à criança ou adolescente, oferecendo um ambiente seguro e acolhedor, além de permitir que ela expresse os seus sentimentos livremente.


O papel da justiça na alienação parental


A justiça tem um papel importante na prevenção e combate à alienação parental. Em casos de disputa de regulação de responsabilidades parentais, os tribunais podem intervir para garantir que a criança ou adolescente tenha um relacionamento saudável e equilibrado com ambos os pais.


O Tribunal de Família e Menores é o responsável por lidar com casos de disputa de regulação de responsabilidades parentais, e pode determinar o regime de visitas e a custódia compartilhada, levando em consideração o bem-estar da criança ou adolescente. Além disso, os tribunais podem impor sanções para aqueles que praticam a alienação parental, como multas e restrições às visitas.


Em Portugal, a Lei da Proteção de Crianças e Jovens em Perigo (LPCJP) prevê medidas de proteção para crianças e jovens que estão em situação de risco, incluindo casos de alienação parental. Essas medidas podem incluir o acompanhamento à parentalidade, onde um especialista acompanha, ao longo de meses, o convívio da criança ou adolescente com o progenitor alienado ou, em casos muito graves, a colocação da criança ou adolescente sob proteção do Estado, colocação em família de acolhimento ou instituição de acolhimento.


É importante lembrar que a justiça é apenas um recurso em casos de alienação parental e que a prevenção é fundamental. Os pais devem trabalhar juntos para desenvolver um acordo parental claro e detalhado, manter a comunicação aberta e respeitosa e garantir que a criança ou adolescente tenha acesso regular e adequado a ambos os pais. Se houver sinais de alienação parental, é importante buscar ajuda profissional de um terapeuta, psicólogo ou mediador.



Em conclusão, a alienação parental é um problema grave que pode ter consequências negativas duradouras para a criança ou adolescente envolvido. É importante que os pais trabalhem juntos para evitar a alienação parental, mantendo uma comunicação aberta e respeitosa e garantindo que a criança ou adolescente tenha acesso adequado a ambos os pais.

Se houver sinais de alienação parental, é importante buscar ajuda profissional de um terapeuta, psicólogo ou mediador, e, se necessário, tomar medidas legais para garantir o bem-estar da criança ou adolescente.

A justiça em Portugal desempenha um papel importante na prevenção e combate à alienação parental, mas é essencial lembrar que a prevenção é fundamental. Ao trabalhar juntos como pais e buscar ajuda profissional quando necessário, é possível garantir que a criança ou adolescente tenha um relacionamento saudável e equilibrado com ambos os pais, proporcionando a base para um futuro feliz e saudável.

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